Voltei. Estou perdoado? Parei de escrever. Afastei-me. Como se fugisse. E fugia…
Dela, das sensações, das recordações, de tudo… Dela, da escrita…
Tinha a certeza de que isso iria “resolver”. Não resolveu. Agora, semanas passadas, em que desperdicei palavras, em que conheci outras frases que me disseram: “Volta, estás perdoado.”, tendo eu fugido, voltei…
Atraem-me os métodos de fuga, de (re)descoberta!
Vi este tempo como um momento de crise.
Explorei o meu espírito… gerador de disparidades, um espírito momentaneamente desequilibrado! Ligado a um corpo territorial, acidentado, precisado de “acessos”!
Do que escrevo? Da medida transitória da identidade.
Porque não há nada mais fatídico do que esquecermos a verdade da nossa própria identidade fui à procura de um sentido que me devolvesse uma presença na escrita.
Por isso, voltei. Estou perdoado?
Fotografia de capa por The Last Moorish King