Mudança é uma das palavras mais repetida no Mundo moderno, nomeadamente na evolução do sistema económico de mercado e do beco em que se encontra.
O crescimento económico, a finança, a política económica, a crise e a dialética pessoas-regras, são hoje motivo de análises de impacto nas políticas sociais ou de emprego e nas reações dos agentes económicos perante os riscos como o financeiro.
Por sua vez, algumas transformações acarretaram outras como a desindustrialização/tercializa-ção e a perda de influência do trabalho, para culminar na actual integração de mercados e a secundarização do Estado-Nação.
Esta nova globalização dominada palas multinacionais, evidencia dessincronia, questiona a própria teoria dos ciclos e impõe a refundação do capitalismo.
É essa necessidade de recriar, de reinventar o sistema económico que levou à transformação para o liberal/capitalismo. Por isso, as fórmulas liberais parecem envolver uma mentalidade obsoleta, que leva à gula dos capitalistas e à devastação social de um sistema incontrolável, como é a economia de mercado.
Nestes dias felizes, onde os concertos não param, ouvimos algumas pessoas perguntar-se sobre as preocupações habituais. É verdade que, se alguns problemas mais antigos desapareceram, outros continuam a surgir no horizonte. Veja-se a preocupação dos depositantes com os alarmes constantes da situação financeira da banca, que levam as pessoas, em pânico, a correrem a levantar os seus depósitos ou daqueles que continuam a reclamar pelo dinheiro dos seus depósitos que a banca desbaratou e ninguém quer ajudar a resolver.
Se os reguladores não se tivessem feitos de cegos, face à real insolvência dos bancos, muitos malandros estariam na cadeia, e não eram, com certeza , os contribuintes a suportar as consequências de investimentos utópicos e infelizes.
Os tempos continuam difíceis para os países mais pobres. Sempre marginalizados, estão a enfrentar um abandono ainda maior do que é habitual. O Mundo rico está muito ocupado com as guerras, por consequência, pouco sobra para ajudar os países mais pobres. O alívio da dívida dos países em dificuldades deverá continuar a um ritmo insuficiente, pois as intenções das ajudas prometidas é muito direcionada e muito limitada.
Ainda assim, os ventos de mudança trouxeram alguma credibilidade a Portugal. Mas a liberalização, novo figurino económico do Mundo, não parece credível para ajudar a fomentar o crescimento económico necessário a um desenvolvimento harmonioso e sustentável, que concorra para a criação de postos de trabalho e que permitam ao homem receber um salário justo, para suportar as despesas essenciais para seu sustento e da sua família.
A Europa está a braços com uma grande vaga de migrantes. Vivemos tempos de ansiedade e continuamos sem saber o que se passa com a locomotiva Europeia. As esperanças cor-de-rosa de uma grande EU, não foram realizadas. É, pois, urgente, encontrar uma liderança internacional para lidar com estes assuntos.
Fotografia de Sean MacEntee