Cerimónia contou com a presença do Bispo de Setúbal, D. José Ornelas, e da presidente da Câmara, Maria das Dores Meira
Os órgãos sociais da Santa Casa da Misericórdia de Setúbal, eleitos recentemente, tomaram posse na sexta-feira, na Igreja de Jesus, numa cerimónia pública que contou com a presença do Bispo de Setúbal, D. José Ornelas Carvalho, e da presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira.
O bispo celebrou uma pequena homilia, para uma sala cheia, e seguiu-se depois a posse dos novos dirigentes, para o quadriénio 2015-2019.
O presidente da Mesa da Assembleia-Geral, que continua a ser Paulo Valdez, defendeu a importância de a instituição ser um exemplo de transparência.
“A Misericórdia existe há 500 anos para servir os setubalenses, tem que ser um exemplo de organização, transparência e dedicação”, repetiu Paulo Valdez, depois de já ter dito esperar que “neste mandato se reafirme, como se tem feito nos últimos anos, a transparência de processos” na gestão da instituição.
A presidente da Câmara expressou também o desejo de que o novo mandato seja um “proveitoso, de união e de estabilidade” porque “as gentes de Setúbal precisam de uma Santa Casa eficaz e moderna”.
Maria das Dores Meira terminou o discurso a “desejar ao provedor, Dr. Cardoso Ferreira, que possa continuar a trabalhar em prol desta grande cidade”.
A situação financeira “estável” e a proposta ao bispo para o Externato Diocesano
CARDOSO FERREIRA
Cardoso Ferreira começou por dizer que se vivem “tempos novos que trazem desafios novos”, referindo-se à existência de um novo Governo “com politicas sociais novas” para lembrar que este novo mandato é “um quadriénio cheio de oportunidades mas também de risco”.
Entre as oportunidades, o provedor inscreve não apenas as possibilidades de financiamento que o Quadro Comunitário de Apoio representa mas também uma ideia concreta; a hipótese de a Santa Casa reabrir o Externato Diocesano Sebastião da Gama, recentemente encerrado.
Cardoso Ferreira revelou que já transmitiu essa vontade da Misericórdia ao bispo, tanto ao anterior como ao actual, e disse ver nessa possibilidade a oportunidade de a Santa Casa “alargar a sua actividade da área tradicional às áreas da infância e juventude”.
Para o provedor, “a Misericórdia tem condições únicas de prosseguir aquela missão” do externato da diocese de Setúbal.
Sobre a situação financeira da Misericórdia de Setúbal, o provedor garantiu que “tem vindo a evoluir de forma muito satisfatória”, que “continua sustentável” e informou que “daqui a 18 meses” terminam os pagamentos dos dois principais encargos financeiros da instituição.
Cardoso Ferreira terminou o discurso com um recado: “O que foi realizado está à vista, a Misericórdia de hoje não tem nada a ver com a de há 10, 15 ou 20 anos. Esperamos que os dirigentes vindouros possam dizer o mesmo”.