Afastando a “névoa política” e os jogos de poder exercidos pelas manobras populares das campanhas partidárias, Portugal tenta assumir e preservar a sua relação indissociável com o mar, apostando numa sociedade conhecedora do mar e das artes náuticas, usando elementos de identificação que reflita a imaginação e o progresso nacional.
Os resultados da Expo’98 e o legado deixado por Portugal como o primeiro país europeu (e um dos primeiros a nível mundial) a apresentar um documento estratégico para os Oceanos, são engrandecidos pela Estratégia Nacional para o Mar, e na qual é salientada a “náutica de recreio” com um significado potencial de crescimento em Portugal.
Focamos sempre a nossa costa (3 mil quilómetros), e os cerca de 1,8 milhões de quilómetros quadrados ao lago da nossa costa, mas não podemos esquecer o berço do nascimento dos nossos descobrimentos, os estuários, os rios, e todos os corsos de água que ao mar se dirigem.
É aqui que a Península de Setúbal se destaca, pela imensidão e pela diversidade: banhada pelas águas do atlântico entre a Costa da Caparica e a região de Setúbal, Troia e mais a Sul, mas também pelo Estuário do Sado e a imensidão do Estuário do Tejo.
É notado um esforço na última década por parte dos municípios da nossa península, ao nível da aposta e identificação com o Mar, e onde posso destacar a autarquia de Almada, Sesimbra e Setúbal. Ao nível do Rio e estuário destaca-se Setúbal e também o Seixal pela sua forte aposta no movimento associativo e desporto náutico.
A ligação ao sistema de ensino e ao movimento associativo é um ponto importante e o qual pode ser completado pela aposta dos privados e centros de náutica, numa estreita ligação com as federações desportivas.
Convido todos os responsáveis pelos municípios da Península de Setúbal a potencializarem um gabinete de estudos e a promover uma conferência anual sobre como a forma de elevar a marca “Mar e Rio” como cartão de visita da nossa região.
Não custa tentar!
Fotografia de Gustty