Estratégia de combate a incêndios florestais na região passa por anular reacendimentos e evitar falsos alarmes

Distrito registou 886 ocorrências em 2015, o dobro das verificadas em 2014, apesar de área ardida se ter mantido nos 300 hectares

Reduzir a zero o número de reacendimentos e combater os falsos alarmes são os principais objectivos para este ano do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) do Distrito de Setúbal. Quem o diz é a Comandante Distrital da Autoridade Nacional de Protecção Civil, Patrícia Gaspar, que no passado dia 3 apresentou, nos Paços do Concelho, em Montijo, uma das acções de planeamento do DECIF para 2016.

“A iniciativa reuniu os agentes de protecção civil do concelho do Montijo e serviu para trocar informações com o objectivo de identificar problemas, melhorar o planeamento e preparar a época mais crítica dos incêndios florestais”, explica a Câmara Municipal do Montijo.

Durante a acção, Patrícia Gaspar revelou alguns dados sobre o DECIF 2015. “Entre 15 de Maio e 31 de Outubro de 2015, foram registadas no distrito 886 ocorrências, o dobro de situações registadas em 2014. Apesar deste aumento, a área ardida manteve-se nos 300 hectares”, o que, segundo a responsável, é demonstrativo da “eficácia do dispositivo do DECIF”. Os objectivos para 2016 são, entre outros, reduzir a zero “o número de reacendimentos e combater os falsos alarmes”, já que, este último caso, “obriga desnecessariamente à deslocação de meios e agentes que podem fazer faltar noutro lado”.

A sessão contou com as presenças do presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, bem como com elementos do Serviço Municipal de Protecção Civil, do Gabinete Técnico Florestal Intermunicipal Montijo e Alcochete, alé dos presidentes da Junta de Freguesia de Canha e da Junta da União das Freguesias de Montijo e Afonsoeiro. Representantes da GNR, da PSP, do Núcleo do Montijo da Cruz Vermelha Portuguesa, dos Bombeiros Voluntários do Montijo e dos Bombeiros Voluntários de Canha também estiveram presentes.