O acidente provocou ainda um ferido grave com queimaduras e três outros feridos ligeiros. Acções de socorro envolveram 16 viaturas e 47 operacionais dos bombeiros de Alcochete, Pinhal Novo, Moita, Palmela, Águas de Moura e Montijo
Três tripulantes de um avião C-130 da Esquadra 501 (Bisontes), morreram ontem carbonizados na sequência de um acidente da aeronave que fazia manobras de treino rente solo, na Base Aérea n.º 6 do Montijo. O acidente provocou ainda um ferido grave com queimaduras e mais três feridos ligeiros.
De acordo com uma fonte dos bombeiros que estiveram no local a prestar socorro, “um Hércules C-130 efectuava manobras de treino junto à pista”, quando ter-se-á despenhado. “Estariam a realizar uma manobra de treino que consiste em tocar com o trem de aterragem no solo e voltar a subir, quando a aeronave sofreu o acidente”, disse ao DIÁRIO DA REGIÃO a mesma fonte, confirmando que se registaram sete vítimas: “Três mortos carbonizados, um ferido em estado grave com queimaduras, que foi evacuado para o Hospital de S. José, em Lisboa, e três feridos ligeiros, com escoriações, que foram transportados para o Hospital da Força Aérea.”
O alerta foi dado aos bombeiros, apurou ainda o DIÁRIO DA REGIÃO, às 12h20, sendo que os bombeiros chegaram ao teatro de operações cerca de 20 minutos depois (12h40). O término das operações pelas corporações envolvidas nas acções de socorro foi dado pelas 16h30.
Meios chegaram de Alcochete, Pinhal Novo, Moita, Palmela, Águas de Moura e Montijo
O acidente envolveu um total de 16 viaturas operacionais e 47 elementos das corporações dos bombeiros de Alcochete, Pinhal Novo, Moita, Palmela, Águas de Moura e Montijo. De Alcochete deslocou-se ao local do acidente uma viatura de combate a incêndios urbanos, uma viatura tanque de combate a incêndios, uma outra de combate a incêndios florestais e ainda uma ambulância. Do Pinhal Novo estiveram envolvidas uma viatura especial de combate a incêndios e uma ambulância. Os bombeiros da Moita participaram nas acções de socorro com uma viatura de combate a incêndios urbanos e uma ambulância. De Palmela esteve envolvida uma viatura de combate a incêndios florestais e uma ambulância de Águas de Moura. Do Montijo esteve presente uma viatura de comando e uma viatura da Protecção Civil Municipal. Além destas, o acidente obrigou ainda à participação de uma viatura VMER do INEM.
As circunstâncias e as causas do acidente serão alvo de averiguações, indicou ontem o porta-voz da Força Aérea, o coronel Rui Roque.
A Força Aérea confirmou, em comunicado lançado ao final da tarde, que “pelas 12h00 uma aeronave C-130H sofreu um acidente na fase de descolagem durante uma missão de treino”. A bordo da aeronave “estavam sete tripulantes”, indica a Força Aérea, confirmando ainda que “o acidente causou três vítimas mortais, um ferido grave e três feridos ligeiros, todos militares” daquele ramo das Forças Armadas Portuguesas.
“Neste momento de profundo pesar, os nossos pensamentos estão com os familiares e amigos destes nossos camaradas, aos quais está a ser prestado todo o apoio necessário. A análise às causas do acidente irá seguir os procedimentos previstos, através de um inquérito conduzido pela Comissão Central de Investigação da Força Aérea”, pode ler-se, a concluir, no comunicado.